domingo, 27 de novembro de 2011

Não dá para expressar o amor que sinto por ele...

Quando nasci meu pai era um ser que às vezes aparecia para aplaudir meus últimos lucros. Quando me ia fazendo maior, era uma figura que me ensinava a diferença entre o mau e o bem. Durante minha adolescência era a autoridade que me punha limites a meus desejos. Agora que sou adulta, é o melhor conselheiro e amigo que tenho!


Hoje eu quero pagar uma dívida comigo. Sempre fiquei ‘encucada’ com esta situação, e não sei por qual motivo nunca quitei este débito.

Sempre que meus familiares (e alguns amigos) aniversariam, faço homenagens aqui no blog. E logo com o melhor homem do mundo, passou de liso. No aniversário do papi, eu estava meio impossibilitada de escrever, já que me recuperava de uma cirurgia. No dia dos pais, foi tão atormentado, que deixei passar e nada fiz, nem atrasado.

Mas hoje estou aqui para falar de um homem que foi bom filho, é o excelente marido, o profissional mais honesto (e de referência) que eu e mais um bocado de gente conhece e o melhor pai do mundo!

Mamãe conta uma história, que quando eu era neném, tive um probleminha, que papai apenas sentou na cadeira, abaixou a cabeça, chorou e exclamou: “Por que é com ela, tão pequenininha? Não podia ser comigo?” Sempre me lembro destas histórias que, volta e meia, eles contam.
 
Papai é um grande homem. Sempre tratou minha mãe como princesa. Mas também, pudera... Minha avó era uma rainha! E com os ensinamentos dela, papai construiu a dinastia dele. Anny, minha irmã que nasceu primeiro, tem muitas características dele. E André, o caçula, é a cópia fiel dele (até fisicamente!).  Eu? Ah, eu sou meio torta... Mas tenho o meio termo dele. Inclusive, na parte de ter bom coração. Como o papai, aprendi que é necessário tirar da minha boca, pra alimentar quem realmente precisa.

Recordo-me também de uma situação embaraçosa, de quando eu cursava Jornalismo em MG (2004), e papai sofreu um infarto. Meu Deus, como foi difícil! Eu, numa distancia de mais de 1.000 quilômetros, nada podia fazer pra estar perto, pois foi uma época também, que não tínhamos dinheiro nem para eu visitar minha cidade. Me apeguei com Deus, e de Arcos (cidade que eu morava), enviei TODAS as energias positivas para meu pai. Naquele dia, comecei a ter uma nova concepção de fé. Naquele dia, um monte de coisas que eu pensava que era de valor pra mim, nem foram lembradas. Naquele dia, eu percebi que é impossível medir o amor que eu sinto pelo meu pai. Graças a Deus, tudo foi resolvido. 

Eu olhava a dificuldade que algumas amigas de república tinham para ao menos se comunicar com o pai delas, e achava estranho. Cada vez mais, eu tinha a certeza de ser premiada com o melhor pai do mundo.
Formei-me, voltei para o ES, e perdi minha identidade. Na minha cidade natal, deixei de ser a Thaís, e tornei a “filha jornalista do Dico”. Ah, como ele respirava fundo quando ouvia alguém me identificar desta forma... E eu então? Nem tem como descrever!

O tempo passou, e a ‘jornalista filha do Dico’, tomou o espaço como a ‘Thaís Livramento’, reconhecida por muito esforço do trabalho que realiza no ES desde 2006. Papai (sempre junto com a mamãe) me acompanhou e me apoiou em todas as minhas ações e realizações pessoais e profissionais. Por mais que eu seja cabeça dura, faça tudo o contrário do que ele e mamãe me ensinaram, ele sempre está ali, disposto a me amparar. E como o colo dele é bom...

Mas voltando à minha identidade, outro dia estávamos conversando sobre isso, e eu brinquei sobre ser conhecida em alguns lugares como a filha de alguém, não pelo meu nome. E junto a um sorriso lindo e cheio de orgulho, ele retrucou: "Feliz sou eu, de chegar em alguns lugares e as pessoas me perguntarem se sou o pai da Thaís, a jornalista." Isso já tem algum tempo, mas não me esforço pra esquecer. Ele fica todo ‘fofo’ quando meu irmão chega de Vitória, minha irmã vem pra casa dele e de mamãe, e nos reunimos um dia inteiro. 

Papai e mamãe sempre fizeram de tudo para os filhos. Passaram dificuldades para estudar os três. Graças a Deus, meus irmãos e eu sempre soubemos dar valor. Somos uma família muito feliz e para muitos, referência. O motivo? Fomos educados com amor, nunca participamos de uma discussão dos nossos pais, crescemos vendo nossa mãe cuidando do nosso pai com muito amor, e percebemos que nosso pai soube reconhecer isto. Papai é um grande homem. O maior! É e sempre será o meu herói, a minha referência. Me sinto impotente de não conseguir retribuí-lo da forma que merece, mas arquiteto planos para isto, e coloco meus projetos em prática. O amor que sinto pelo senhor Antonio do Livramento não cabe em mim. Que Deus abençoe meu pai!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma Concepção de Amor

"- Então Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Feriado Simples

Enquanto estou em outras atividades que não seja desenvolvendo minha profissão, sempre penso no que escrever em “Sinais de Mim”. As idéias fluem de um jeito, que não consigo deixar de pontuar meu pensamento, como se escrevesse. O que complica é quando sento no computador, tudo o que pensei e imaginei postado aqui, some da minha mente. No momento em que isto acontece, é porque só penso em uma coisa: Trabalho!

Como trabalho em frente ao PC, penso que já estou condicionada a sentar à mesa para escrever matérias, revisar textos, escolher as melhores fotos, verificar a caixa de email, conferir as postagens do site e esquematizar pautas para o próximo jornal, que também é revisado por mim. 

Mas hoje fiz diferente. Todos os feriados, pra mim não faz diferença, pois não consigo descansar já que o trabalho me consome um tantão. Ontem eu estava prestes a desligar o computador, uma amiga me chamou no MSN e convidou o Gui e eu para irmos a Mucurici (um balneário muito gostoso, em uma cidade vizinha à minha) comer uma moqueca e passar o dia contemplando a natureza. Sem pestanejar eu já fui logo respondendo que íamos trabalhar. Em seguida ela retrucou: “Vocês estão trabalhando demais, cuidado... A vida tá passando e vocês só se concentram nisso. Há muito o que ser feito por vocês e com vocês”. Agradeci o convite, mas fiquei com isto em mente. É fato que eu já sabia o que minha amiga me alertou, mas parece que quando uma pessoa reforça o que sei, funciona melhor. Será que só é assim comigo? Rsrsrsrsrsrs. 

E assim aconteceu: Hoje pela manhã, acordei pronta pra comandar o fogão. Amo cozinhar, e tudo o que faço é com muito amor e dedicação. Ao acordar, meu marido já não estava em casa, saiu cedo para a empresa. Cozinhei, aprontei, almoçamos e todos aprovaram: Mamãe, Papai, Gui e Henrique (um grande amigo que escolhi para passar o dia comigo). Logo que terminamos de almoçar, o Gui lançou a pergunta: “Você vai pro Jornal que horas?” E sem nenhuma culpa, respondi: “Hoje hora nenhuma. O Henrique passará o dia aqui, vamos fazer bolo e alguns testes na cozinha. Além do mais, preciso descansar”. Ele me olhou com uma cara de insatisfeito, mas não fraquejei.  Passei o dia tricotando com o Henrique, fizemos bolo (e outras gordices mais), sucos naturais, dormimos e fuçamos a net.  Não necessariamente nesta ordem... 

Uma das coisas que conversamos, foi sobre o “Sinais de Mim”, e o incentivei a fazer um blog pra ele, que gostou demais da ideia. Quando fiquei pensando o que escrever aqui, aproveitei meu momento ‘relax’ e descansada, não pestanejei e sai logo digitando tudo o que vinha em mente. Com certeza consegui fazer duas coisas: Atualizar meu blog, em respeito aos meus seguidores e aos demais que aqui vem me visitar (por uma razão ou outra) e dividir com vocês esta coisa bacana que é tão simples, mas fazia mó tempo que eu não vivia. Realmente, as grandes coisas da vida, estão nos detalhes e em momentos/coisas/situações/pessoas simples!

Abaixo, vocês acompanham a deliciosa receita de bolo de coco com cobertura de chocolate feito pelo meu amigo Henrique.

Bolo assando...
Meu amigo Henrique fazendo a cobertura do bolo que já estava assando
Huuummmm... Leite condensado é bom até com giló!
As iniciais dos nossos nomes com coco: Thaís Livramento e Henrique Wandel-Rey


Para acompanhar o bolo de coco, suco natural de abacaxi com hortelã
Atacar, né?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

E viva o Futebol Amador!!!

O São Paulo de Santa Rita está invicto há 15 jogos
Fotos: Júnior Eler
O amigo Júnior Eler, jornalista dos bons, está de férias e, como não tem quase nada pra fazer, resolveu... tcham, tcham, tcham... Trabalhar! Com uma Nikon na mão acompanhou um jogo da Liga Vilavelhense de Futebol Amador, no dia em que o São Paulo de Santa Rita se classificou para a fase de mata-mata e o Divinense de Cristóvão Colombo foi rebaixado para a Segunda Divisão.

O time santaritense sapecou 3 a 1 nos visitantes, gols de Camilo (2) e Ferrugem. O São Paulo, campeão de 2010, está invicto há nada menos que 15 jogos. O time é presidido pelo cartola Marquinho e treinado pelo boa gente Leilson, esportistas que bem podiam dar um pulo aqui no Norte Capixaba para ensinar organização e disciplina para alguns técnicos, jogadores e até alguns políticos.

Depois do jogo aconteceu o tradicional churrasco no Bar do Paulo. Isso tudo num dia em que o lanterna América Mineiro venceu o líder Corinthians pelo Brasileirão por 2 a 1, o Vasco perdeu de 2 a 0 para o Santos (acontece, né?), o Flu ganhou do Inter por 2 a 1 na casa do adversário e o Flamengo massacrou o Cruzeiro por 5 a 1, empurrando o time mineiro para a zona de rebaixamento. Coisas do futebol...


O jogo foi bastante disputado, o que valorizou a vitória do São Paulo

Na cobrança de pênalti perfeita de Camilo, goleiro para um lado, bola para o outro

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quatro anos de Saudades

O dia amanheceu como aquele 03 de novembro de 2007: frio, cinza e ventando. Eu estava gripada como hoje e sentia que minha vida acabaria ali, no instante em que vi meu avô dormir para a eternidade.
Era tão bom chegar perto dele, e ele cochichar em meu ouvido: “Thaíde, minha neta preferida!” e gargalhava ao ver a minha reação de ego mais amaciado do mundo e satisfação... Ele contava histórias que nos fazia rir e refletir perante a sabedoria que era só dele. Ele só esqueceu de contar a única história que até hoje me pergunto porque teve que existir. Enquanto ele dormia pra sempre, eu chegava perto dele e perguntava-lhe porque aquilo precisou acontecer. As respostas não vinham. Eu perguntava a Deus porque aquilo acontecia comigo, e me sentia egoísta ao olhar para o sofá verde que a minha avó estava sentada, e fixava o olhar apenas na janela da sala. O sofrimento da minha avó era tão grande, que deixei meu avô ali, intacto e fui para o lado dela.
Ela acreditava em algo que não queria estar vivendo, e eu não acreditava como uma mulher que viveu ao lado de um homem 49 anos conseguia ser mais forte que eu.
Vovô era tão menino, que quando o médico o contou que ele estava com ‘a doença ruim’ de forma científica, ele agiu normalmente, como se tivesse recebendo a notícia de uma dor de cabeça que passaria assim que tomasse o primeiro analgésico. E foi bem desta forma. O fato dele não assimilar a gravidade que carregava em seu corpo, prolongou seus dias ao meu lado, mas só após algum tempo que percebi isto.
Naquele 2007, eu fazia planos com meu avô para buscá-lo perfumado no dia do meu aniversário, e exatamente 1 mês antes, ele me deixou fisicamente. Naquele 2007, vovô me falava com alegria que estaria no primeiro banco da Igreja no dia do meu casamento, e fisicamente eu não o vi, mas senti a presença do meu coroa ao rezar o ‘Pai Nosso Cantado’ que ele me ensinou.
Todo 03 de novembro lembro do aniversário de três amigos de infância. Há quatro anos lembro que foi exatamente nesta data que meu avô deixou de me contar suas histórias que me faziam rir e que refletem aprendizado para o resto da minha vida. Há quatro anos não consigo conter minhas lágrimas. Há quatro anos sinto uma dor inexplicável, um vazio, um aperto no coração que só eu sei como incomoda. Há quatro anos eu tento imaginar (e não consigo) como será meu reencontro com meu contador de histórias.
Vovô Tião, sei que olha pra mim todos os dias e me protege aí do céu. Meu amor por você só multiplica, meu anjo maior!

Thaís Livramento
03 de novembro de 2011.